Síndrome da Angústia Respiratória Aguda, é um quadro de lesão aguda associada a um edema pulmonar agudo. Foi descrita pela primeira vez em 1967, ao analisarem 272 pacientes submetidos à ventilação mecânica e perceber que 12 pacientes evoluíram para quadros mais graves, apresentando aumento de frequência cardíaca, dispneia, hipoxemia e lesões pulmonares. Foram necessários 4 anos de estudos para que, esse mesmo grupo de pesquisadores, denominassem esse conjunto de sintoma grave como SARA, compreendendo-se então como uma inflamação pulmonar aguda e de grandes consequências fisiopatológicas como injúria do epitélio pulmonar e lesão do alvéolo.
Os fatores de risco incluem: aspiração, infecção pulmonar, afogamento, embolias e até toxidade causada pelo oxigênio.
Uma curiosidade: Nos últimos anos essa variabilidade tem sido atribuída, ao menos parcialmente, a questões genéticas!
Os polimorfismos genéticos são variações genéticas em pelo menos 1% da população. Essas variações gênicas podem influenciar a expressão dos mediadores da resposta inflamatória, afetando diretamente a suscetibilidade à lesão pulmonar aguda, a intensidade da inflamação do parênquima pulmonar, o curso clínico do desenvolvimento e o desfecho.
Essa agudização do processo inflamatório divide-se em 3 fases:
- Fase exsudativa (dias 1 a 7): Este estádio caracteriza-se principalmente pela formação de edema intersticial e intra alveolar bem como da formação de membranas hialinas devido à precipitação do edema;
- Fase proliferativa (dias 7 a 21): Este estádio caracteriza-se essencialmente pela resolução do edema, com hiperplasia de pneumócitos tipo II e presença de inflamação crônica, fibrose organizada, necrose do parênquima e macrotrombos;
- Fase fibrótica (após 21 dias): Alguns doentes (fundamentalmente aqueles que apresentam doença prolongada) podem ainda evoluir para este estádio que é caracterizado por fibrose pulmonar com alteração da estrutura pulmonar e bronquiectasias de tração.
Por ser uma lesão de característica danosa que ocorre muito rapidamente, a ventilação mecânica e fármacos são imprescindíveis! Novas estratégias ventilatórias, como a ventilação oscilatória de alta frequência (VOAF), têm-se mostrado promissoras no tratamento do paciente acometido.
Referências Bibliográficas:
· Pinzon, et al. Ventilação oscilatória de alta frequência em crianças com síndrome da angústia respiratória aguda: experiência de um centro de tratamento intensivo pediátrico Ventilação oscilatória de alta frequência em crianças com síndrome do desconforto respiratório agudo: experiência de uma unidade de terapia intensiva pediátrica. Revista da Associação Médica Brasileira. 2013.
Antoniazzi, Paulo Et al. Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (SARA). Simpósio de Medicina Intensiva II. 1998.