quinta-feira, novembro 21, 2024

Qualidade de Vida, Saúde

Valor da espirometria de incentivo no manejo de rotina de pacientes com DPOC e seu efeito na função diafragmática

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é um grave problema de saúde pública que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Caracterizada pela obstrução nas vias aéreas, a DPOC é geralmente causada pelo tabagismo e pela exposição a agentes nocivos no ambiente. Esta enfermidade é uma das principais causas de mortalidade e hospitalização em diversos países, impondo um alto ônus tanto para os pacientes quanto para os sistemas de saúde.

No Brasil, a DPOC também representa um desafio significativo para o sistema de saúde, com aproximadamente 2 milhões de casos relatados anualmente. Os pacientes que sofrem com essa doença enfrentam uma série de complicações respiratórias, como hiperinsuflação pulmonar, redução da capacidade respiratória, dispneia e limitação na realização de atividades físicas.

Diante desse cenário, a busca por tratamentos eficazes que possam melhorar a qualidade de vida dos pacientes com DPOC é essencial. Nesse contexto, O artigo “Value of incentive spirometry in routine management of COPD patients and its effect on diaphragmatic function”, recém publicado na THE Egyptian Journal Of Broncology em 2023, buscou avaliar se a espirometria de incentivo (IE), como o Respiron, é benéfica para o paciente portador de DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) nas variáveis: gasometria arterial, escala de dispneia, espirometria e nas funções diafragmáticas.

Sobre o estudo:

Foram selecionados 40 pacientes, critérios de inclusão: DPOC confirmada, idade superior a 40 anos, período de exacerbação aguda da doença com internação;

Os pacientes foram divididos em dois grupos: grupo 1: utilizou EI e medicamentos e grupo 2: tratamento apenas medicamentoso.

Foram avaliados: RX de tórax, escala de dispneia, gasometria arterial, espirometria, ultrassonografia, realizados na admissão e após 2 meses de uso do equipamento.

O equipamento utilizado para a EI foi um de orientação a fluxo, como o respiron;

A orientação foi de expirar completamente o ar, seguida de uma inspiração sustentada por pelo menos 5 segundos.

Sobre os resultados:

Após 2 meses de estudo, houve diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos quanto ao VEF1/FVC em inspiração e diferenças altamente estatisticamente significativas quanto à PaCO2;

Melhora nos achados ultrassonográficos, melhorando a escala de dispneia.

Os resultados mostraram que em pacientes com DPOC, a espirometria de incentivo por um curto período pode melhorar algumas funções respiratórias, gases sanguíneos e pode melhorar as funções diafragmáticas, portanto pode ser uma terapia complementar em um programa de gerenciamento de DPOC.

Importante sempre destacar que a EI é um complemento a outras terapias respiratórias, que na DPOC, são de fundamental importância!

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