Treinamento em Altitude

Os benefícios do treinamento em altitude são antigos! Surgiram em meados da década de 1880, quando o fisiologista italiano Angelo Mosso conduziu um experimento nos Alpes italianos sobre os efeitos fisiológicos do treino dessa modalidade. Após isso, várias expedições foram realizadas, incluindo:

Expedição Anglo-American Pikes Peak de 1911;
International High de 1921-1922;
Expedição Altitude para Cerro de Pasco, Peru;
Expedição Internacional Alta Altitude de 1935, para o Chile;
Expedição Científica e de Montanhismo do Himalaia de 1960-1961 (Cabana de Prata).

Sempre com intuito de buscar a resposta do porque atletas de países localizados em maiores altitudes apresentavam rendimentos maiores que os outros atletas, principalmente na corrida.

Algumas perguntas já foram elucidadas:

Acredita-se que a exposição a altitude produz uma queda na saturação de oxi-hemoglobina arterial, essa redução na concentração de oxigênio estimula a síntese e liberação de eritropoetina (EPO), hormônio que é produzido nos rins, estimulando assim a medula óssea, resultando em um aumento do fornecimento de oxigênio para os músculos, produzindo assim mais energia.
Sabe-se também que um fator de transição chamado HIF-1, que desempenha um fator importante durante a hipóxia, ele é capaz de ativar a EPO, além de estimular a angiogênese (formação de novos vasos sanguíneos), transporte de glicose celular, regulação de Ph.

Importante ressaltar que o atleta não pode pensar que passar apenas uma temporada em altitude pode melhor suas respostas corporais! O início do treinamento pode acarretar algumas reações como: perda de peso, diarreia, sonolência, desidratação. Por conta desses sintomas, é necessário que o atleta tenha continuidade no treinamento.

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