A lesão medular ocorre quando há corte ou golpe súbito na coluna vertebral, mais especificamente toda injúria as estruturas contidas no canal medular. Esse tipo de lesão pode causar diversos graus de déficits motores, tais como: perda de força, sensibilidade, alterações de reflexos, alterações sexuais, psicoafetivas, podendo apresentar se de forma temporária ou permanente.
A incidência mundial anual de trauma raquimedular é da ordem de 15 a 40 casos por milhão de habitante. Nos EUA a incidência é de aproximadamente 12 mil novos casos por ano, sendo que destes 4.000 vão a óbito antes de chegarem ao hospital e outros mil irão falecer durante a hospitalização.
As lesões são divididas nas categorias funcionais como:
- Tetraplegia: quando acomete o tronco, membros superiores e inferiores, e músculos respiratórios;
- Paraplegia: quando compromete o tronco de forma parcial ou completa e os membros inferiores.
Basicamente se conceitua plegia como a ausência de movimento voluntário e a paresia como a presença voluntária de contração muscular, mas com diminuição de força, podendo ser: completas, quando atinge todas as vias motoras ou sensitivas abaixo da lesão, sendo causada por uma compressão grave, intensa deterioração vascular ou transecção completa ou incompletas: quando compromete somente algumas das vias motoras ou sensitivas abaixo do nível da lesão. Frequentemente decorrente de contusões ocasionadas por pressão exercida por osso e/ou tecido mole deslocado, edema situado no interior do canal vertebral ou transecção parcial da medula.
A ciência vem há anos estudando possiblidades para esse trauma tão severo na coluna seja reversível.
Artigo publicado na revista Nature Medicine promove uma esperança para os lesados medulares: cientistas do Hospital Universitário de Lausanne, na Suíça desenvolveram um implante na medula espinhal. Essa inovadora tecnologia compreende-se em um sistema de eletrodos controlados por software de inteligência artificial que estimulam eletricamente os nervos da região da medula espinhal que ativa os músculos do tronco e das pernas, com o novo eletrodo implantado em sua medula espinhal, é necessário somente apertar um botão anexado a um andador.
Sabemos que a ciência só avança, porém o caminho ainda é longo. Os cientistas reforçam que essa não é uma cura para a lesão medular, porém é um passo crítico para melhorar a qualidade de vida das pessoas, dando-lhes a capacidade de ficar de pé, de dar alguns passos. Não é suficiente, mas é uma melhoria significativa. A cura exigiria a regeneração da medula espinhal, possivelmente com terapias com células-tronco, que ainda estão em um estágio muito inicial de pesquisa, porém isso significa um alento e um grande passo da ciência em busca da qualidade de vida do lesado medular.
Ciência, sempre em busca da promoção de qualidade de vida!
Referencias:
– https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_atencao_pessoa_lesao_medular.pdf