A polineuropatia periférica é caracterizada como uma disfunção nos nervos periféricos, podendo ocorrer em qualquer parte do corpo, sendo mais comum em pés e mãos.
Os sintomas frequentemente são:
- Dor do tipo facada ou queimação persistente;
- Formigamento;
- Dificuldade para movimentar os braços e pernas;
- Quedas frequentes;
- Hipersensibilidade nas mãos ou pés.
As causas mais comuns são:
- Diabetes;
- Uso excessivo de álcool;
- Deficiência de vitamina B12;
- Outras deficiências nutricionais (como a tiamina);
- Glândula tireoide com baixa atividade;
- Substâncias tóxicas, incluindo metais pesados, como arsênico, chumbo e mercúrio.
- Insuficiência renal;
- Câncer, que lesiona os nervos ao invadi-los ou pressioná-los diretamente.
- Medicamentos, incluindo o anticonvulsivante fenitoína, alguns antibióticos (como o cloranfenicol, a nitrofurantoína e as sulfonamidas) e alguns medicamentos quimioterápicos (como a vimblastina e a vincristina).
- Raramente, vitamina B6 (piridoxina) tomada em doses excessivas.
Temos visto frequentemente, pacientes que tiveram a infecção por COVID 19 apresentarem como sequela a polineuropatia.
Estudos apontam que a infecção por SARS-CoV-2 é capaz de causar uma reação imune excessiva (“tempestade de citocinas”) aumentando o nível de citocinas, produzidas por leucócitos ativados, estimulando a cascata inflamatória, que resulta em danos extensos a diferentes tecidos, possivelmente, essa ativação excessiva do sistema imunológico seja responsável pela maioria das manifestações orgânicas (miocardiopatia, nefropatia, etc), incluindo as neurológicas. Os casos graves da COVID-19 são mais propensos a manifestações síndromes neurológicas graves.
Nesse aspecto e em todos os outros que sempre enaltecemos aqui, a reabilitação é urgente e necessária, e tratando-se de COVID 19, é necessária uma equipe multidisciplinar, com ênfase na fisioterapia motora e respiratória.