quinta-feira, novembro 21, 2024

Asma, COVID, Qualidade de Vida, Saúde

Paciente debilitado evoluiu com o Respiron em apenas 4 semanas

Raio-X durante a internação hospitalar


O uso do dispositivo inspiratório como resistência a fluxo, @Respiron, tem sido observado ao longo dos anos dentro das unidades hospitalares do Brasil e do Mundo. A indicação do treinamento por conta do paciente “faça o senhor quando estiver sozinho” e protocolos demasiadamente variados tem sido alvo de críticas e debates por profissionais da saúde, levando a conclusões por vezes precipitadas e equivocadas.


Estudo de caso:

O paciente  I.C. , 81 anos, casado, sedentário e morador da grande São Paulo, relata cansaço/fadiga e falta de ar após a internação. No ano 2021 realizou cirurgia do lobo inferior direito com lobectomia parcial após diagnosticado de tumores benignos pulmonares além disso, relata ter coração grande (insuficiência cardíaca congestiva) e faz uso de marca passo cardíaco. Em 2022 sofreu duas internações por derrame pleural, baixa oxigenação no sangue 88% e crises de tosse, provável infecção pulmonar em Maio/Abril 2022.

Raio-X 7/junho/ diagnostico Pneumonia. Entrada hospitalar:

Durante o tratamento hospitalar fez tratamento medicamentoso e recebeu alta. Foi lhe oferecido tratamento respiratório com uso do aparelho Respiron para uso domiciliar.  Neste momento recebeu orientação para o tratamento convencional, como de costume aqui e no mundo. (Para que ele, sozinho, fizesse os exercícios em casa). Sem saber como usar o aparelho após ter alta hospitalar, O Fisioterapeuta Vinicius Iamonti, especialista em reabilitação pulmonar, foi chamado para avaliar e assumir o tratamento do paciente.

Após avaliação com sistema da Powerbreathe KH2 com software Breathelink Beta Version.

Foram encontrados os resultados a seguir:

Protocolo de treinamento:

Ao invés de prescrever o convencional, 30 inspirações 2x ao dia, foi sugerido um protocolo de intensidade intermitente. Neste caso o paciente realiza 1 minuto inspirações abrutas e sustentadas, após exalar todo ar do pulmão. Após 1 minuto de exercício o paciente deveria descansar por 1 minuto e depois repetir o treinamento novamente: 6 séries de 1 minuto de treinamento.

Após familiarização com equipamento, o paciente foi orientado a realizar o treinamento sentado, confortavelmente, utilizando o clipe nasal, esvaziar o pulmão lentamente, até não sentir que tem mais ar para sair, vedar bem os lábios no bucal e assim realizar uma inspiração abruta e sustentada, na tentativa de manter as esferas sustentadas o máximo de tempo possível.

Realizar 1 minuto de inspirações e repousar por 1 minuto e, em seguida, realizar mais 1 minuto de inspirações. Fazer isso por 6 vezes, 1 vez por dia, durante 5x/semama, e após 4 semanas seria reavaliado com as mesmas ferramentas.

Nossa hipótese é que neste modelo de protocolo, o treinamento é mais eficiente do que o convencional. Ter uma pausa entre as sessões de treinamento, possibilita maior eficiência muscular inspiratória para cada manobra inspiratória e assim, maior mobilização de volume pulmonar, e não 30 vezes seguidas como em um protocolo padrão.

A hipótese é de que durante 1 minuto o pacienta realizará mais eficientemente cada ciclo inspiratório com maior recrutamento possível dos músculos do sistema inspiratório. O período de descanso possivelmente recuperará a energia necessária para garantir maior eficiência na próxima séries de exercícios inspiratórios. Diferentemente dos protocolos usuais, que, ao que parece, diminui a eficiência das inspirações pelo longo período de execução sem interrupção.

Objetivo deste protocolo: melhorar a eficiência de cada ciclo inspiratório, gerando força máxima e sustentação da pressão/força  

Informações:

Total do tempo gasto no treinamento em média: 1 5 minutos por dia

Média de inspirações por minuto: 12 repetições

Frequência: 5 vezes na semana, 1 vez ao dia

Período: 4 semanas

Observação: Usar clip nasal durante o treinamento e vedar bem os lábios envolta do bucal para evitar escapar o ar. Após a primeira semana no nível de resistência 0, as ultimas 3 semanas houve incremento para nível 1.

Equipamento: Respiron Classic

Resultados obtidos:

Melhora da imagem radiológica

Imagem radiológica do RX após 4 semanas de treinamento:

Resultados da Avaliação com dispositivo cinético para variáveis de Pico de pressão, Máxima inspiração, tempo de sustentação da pressão durante uma única inspiração, área sob a curva (trabalho muscular)

Melhora funcional: Paciente relata melhora do estado geral de saúde, os exercícios inspiratórios melhoraram sua capacidade funcional, se sente mais disposto e hoje pode voltar a fazer algumas atividades do cotidiano, como ir a padaria e farmácia local.

Resultados:

Melhora da força e da resistência muscular inspiratória, compatível com melhor eficiência dos músculos inspiratórios para resistir a uma tarefa de trabalho.

Responsável Técnico: Vinicius C. Iamonti

Fisioterapeuta Respiratório

CREFITO – 3 /67011-F

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