Estudo recente publicado no periódico  MDPI (Multidisciplinary Digital Publishing Institute), em outubro/2020, traçou um correlação de força muscular  e parâmetros respiratórios em atletas do sexo masculino e feminino e sua interação no desempenho em ultramaratona. Foram selecionados 47 corredores, sendo 29 homens e 18 mulheres.

O estudo sugere, e temos visto esses dados sempre, que a fadiga muscular e respiratória é um dado importante para se obter um bom resultado final no esporte. Nesse estudo alguns testes foram realizados, tais como:

• Avaliação de força dos membros inferiores: teste de agachamento para avaliar força explosiva, teste de rebote de tornozelo para avaliar força reativa, contração voluntária isométrica;
• Avaliação de funções pulmonares com espirometria;
• Avaliação de força muscular inspiratória com POWERbreathe K5;

Os resultados são interessantes:

• Foi observado uma melhor “explosão muscular” em atletas do sexo masculino;
• Nenhuma diferença foi notada na força reativa de tornozelo e na força isométrica de membros inferiores;
• A força da musculatura inspiratória foi uma variável relacionada ao desempenho.

O interessante do estudo, além do comparativo entre homens e mulheres, foi a conclusão da importância do treino muscular inspiratório (TMI) com carga linear, sendo orientado, no estudo, a realização com carga de 50% da avaliação da musculatura inspiratória e com treinamento realizado durante 2x ao dia e 30 inspirações.

No estudo concluíram que a fadiga do músculo respiratório promove uma alteração no músculo locomotor, gerada pelo metaborreflexo (quando ocorre um aumento da frequência respiratória com consequente aumento do débito cardíaco, causando uma vasoconstrição simpática) trazendo como consequência uma diminuição na performance.

É fato também que o TMI promove uma estabilização do tronco, evitando assim possíveis quedas e melhorando a capacidade ventilatória de resposta ao exercício.

E você, o que você está esperando para treinar?