sábado, novembro 23, 2024

Qualidade de Vida, Saúde

Doenças Pulmonares Avançadas x Treino Muscular Inspiratório

dificuldade respiratoria

Um questionamento que nós, profissionais de saúde, sempre nos perguntamos: como podemos minimizar a dispneia proporcionando qualidade de vida ao portador de patologias pulmonares já em estágio avançado?
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Esses grupos de pacientes comumente apresentam graves disfunções de volumes pulmonares, cor pulmonare, perda de peso, aumento da frequência cardíaca e dispneia aos mínimos esforços.


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A reabilitação cardiopulmonar desse grupo de paciente é de fundamental importância melhorando assim a força muscular, tolerância ao exercício e diminuição a fadiga, sendo essa inerente a patologia. E dentro desse grupo de pacientes, qual seria o benefício do treinamento muscular inspiratório?
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Pesquisa realizada por pesquisadores da Universidade  Federal de Minas Gerais recrutaram pacientes a participar de uma pioneira pesquisa visando traçar os reais benefícios do TMI (treinamento muscular inspiratório) a portadores de patologias pulmonares graves. Sobre o estudo:
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  • Os recrutados a pesquisa apresentavam fraqueza muscular inspiratória, ausência de doenças infecciosas, metabólicas, psiquiátricas ou ortopédicas ou com incapacidade de entendimento da nas manobras propostas;
  • O treinamento proposto foi a 50% da MIP em séries de 30 repetições, com 2 minutos de intervalo com o equipamento digital POWERbreathe K3, sendo a carga ajustada semanalmente buscando sempre a carga mais alta tolerável;
  • O treinamento foi realizado durante 8 semanas;
  • dispneia foi avaliada usando o London Chest Activity of Daily Living escala (LCADL), instrumento validado que consiste avaliar o impacto da dispneia, com  uma escala de 15 tópicos que avalia o nível de dispneia durante as atividades de vida diária dividida em quatro partes: autocuidado, atividades domésticas, atividades físicas e lazer, cada tópico da escala pode receber uma pontuação de 0 a 5: quanto maior a pontuação, pior a dispneia durante a atividade;
  • A MIP foi mensurada através de um manuvacuometro, os pacientes foram orientados a realizar a manobra de volume residual a capacidade pulmonar total, por no mínimo 3  e no máximo 8 manobras.
  • Para avaliar a resistência respiratória foi utilizado o equipamento POWERbreathe Kh1, realizado de 2 a 7 min contra máxima resistência.
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Os resultados foram muito satisfatórios:
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  • dos 22 participantes, apenas 1 desistiu do treinamento;
  • As cargas de treinamento chegaram a 85% da MIP;
  • Houve uma diminuição significativa na LCADL, que indica
    diminuição da dispneia durante as atividades da vida diária quando
    comparando aos dados anteriores;
  • Houve um aumento significativo na força muscular inspiratória  (MIP) valores absolutos, bem como a porcentagem de valores preditos no pós- TMI;
  • Houve um aumento significativo no teste de resistência em relação a
    duração, o número de respirações, trabalho total e o trabalho médio por respiração;
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O estudo conclui que o treinamento muscular inspiratório de 8 semanas foi capaz de reduzir a dispneia durante as atividades de vida diária,  bem como melhorar a função muscular inspiratória e a qualidade da vida. Esses efeitos pareceram permanecer estáveis ​​pelo menos 3 meses após o término do treinamento.
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