Estudo publicado no Journal of Human Kinects, de 2020, avaliou a eficácia do treino muscular inspiratório (TMI) em diferentes intensidades nas funções pulmonares e adaptações fisiológicas de corredores de longa distância.
Com treinos longos e desgastantes, esportes de corrida e endurance exigem demais do desempenho físico, mental e acima de tudo metabólico do praticante.
Os treinos são tão exaustivos, a ponto de maximizar a capacidade de perfusão a fim de evitar a acidose lática, causando assim uma diminuição do desempenho.
Nesse complexo processo, os músculos respiratórios sofrem fadiga, limitando a capacidade e diminuindo a oferta de oxigênio muscular.
O TMI nesses atletas tem sido amplamente estudado e já é sabido, que nesse grupo, há uma efetiva melhora de performance.
Sobre o estudo:
- Foram recrutados 25 atletas entre 18 e 28 anos, com no mínimo 5 anos de experiência;
- Foram divididos 3 grupos, 2 realizaram o TMI (1 grupo com POWERbreathe) e 1 grupo controle;
- Foram avaliados: prova de função pulmonar, Pimax, Pemax, testes físicos;
- O grupo TMI iniciou o treinamento a 30% da Pimax, evoluindo até 50% da pimax;
Os resultados são bem animadores:
- Houve um aumento significativo das variáveis pulmonares no grupo que utilizou o POWERbreathe;
- A Pimax e o Vo2 nesse grupo foi significadamente maior que os outros dois grupos estudados.
O estudo conclui que os atletas que realizaram o TMI obtiveram melhora efetiva em todas as variáveis pulmonares testadas e também em força muscular inspiratória.
Interessante notar também que foram observados a significativa diminuição do lactato plasmático, indicando assim uma melhora de performance.
Confira o estudo: https://sciendo.com/article/10.2478/hukin-2020-0031