Estudo publicado por pesquisadores de Brasília e do Nordeste, entre eles Paulo Eugênio e Flávio Maciel, nos norteia e orienta sobre a eficácia de um protocolo que realizou o TMI com RESPIRON, avaliando sua eficácia para melhora de PIMAX e parâmetros funcionais durante um programa de reabilitação cardiorrespiratória.
Os programas de reabilitação cardiorrespiratória têm crescido exponencialmente no Brasil e em todo mundo e, de uma maneira geral, nele são indicados exercícios aeróbicos e respiratórios.
O TMI (treino muscular inspiratório) tem sido amplamente divulgado e utilizado com grande êxito no tratamento de pacientes com alterações cardíacas e respiratórias.
Dentre os equipamentos utilizados pelos terapeutas está o de resistência linear como o POWERbreathe mecânico linhas CLASSIC E PLUS, e o digital, híbrido e de carga variável, trazendo grandes evoluções no que se refere a metaborreflexo, aumento eficácia respiratória, dispneia e qualidade de vida.
Nesse estudo, o TMI foi realizado com o RESPIRON:
- Foram selecionados pacientes de pós operatório cardíaco acima de 18 anos;
- Foram escolhidos pacientes com cognitivo preservado e com capacidade funcional de realizar os exercícios propostos;
- Foram excluídos da seleção pacientes com histórico de pneumotórax espontâneo e portadores de alterações osteomusculares com impacto na marcha;
- Os pacientes iniciaram a avaliação após 4 semanas de cirurgia cardíaca, divididos em dois grupos, grupo Sham e grupo GE;
- foram avaliados dados antropométricos e clínicos, PImax, distância no teste de caminhada de 6 min e percepção de dispneia.
O programa de reabilitação previu o treino de endurance e resistência, 3x na semana.
O grupo encaminhado para o TMI com RESPIRON realizou o treinamento com os modelos CLASSIC e ATHLETIC 1 , 3x na semana durante 30 repetições, porém foi instruído a esse grupo de pacientes o menor fluxo inspiratório possível, sem que houvesse movimentação das esferas. A esse grupo foi dado o nome de TMI SHAM.
O grupo denominado GE realizou o RESPIRON 3x na semana, orientados a utilizá-lo com o maior fluxo inspiratório possível, fazendo com que as bolinhas subissem, trabalhando a um valor de 50 % da Pimax previamente avaliada. O treinamento foi realizado 2x ao dia, durante 30 inspirações e 7x na semana, sendo a carga graduada progressivamente.
A análise estatística foi realizada através do teste de Shapiro-Wilk, teste exato de Fisher e teste de Levene. As variáveis numéricas e categóricas ordinais utilizaram o teste de Wilcoxom e teste de Mann Whitney.
Os resultados foram extremamente satisfatórios:
O grupo GE apresentou ganho absoluto de 20 Cmh2o, ou seja, 24% da Pimax ao final do estudo.
Foi observado também uma diferença significativa na distância percorrida no TC 6 min.
Podemos afirmar, com segurança, que o RESPIRON é benéfico na realização do TMI em pacientes de pós operatório de cirurgia cardíaca.
Estudo completo: Pós operatório de Cirurgia Cardíaca