Todos sabemos que a atividade física proporciona em nosso corpo benefícios inúmeros, porém seu começo pode gerar as famosas dores musculares, que muita vezes são de grau moderado e até intenso!
Sabemos que com a prática regular do exercício nosso corpo, em especial nossos músculos esqueléticos, irão gradativamente se adaptando, diminuindo assim as desconfortáveis dores.
Pesquisadores de Harvard em conjunto com pesquisadores da USP, descobriram um mediador celular que torna possível essa adaptação, o succinato.
Trata-se de um metabólito que atua no processo de respiração celular, atuante no cliclo de krebs (série de reações químicas que geram ATP). O que se sabia é que esse metabólito não conseguia sair do meio intracelular, o interessante é que os pesquisadores descobriram que quando a demanda energética é muito alta, o sistema anaeróbico é ativado, aumentando a concentração de lactato e acidez intracelular, essa alteração de PH causa uma modificação na estrutura química do succinato, permitindo que ele escape para o meio extracelular através da proteína SUCNRI.
após testes em animais e humanos, os resultados preliminares revelam que durante o exercício o succinato provoque um processo de remodelamento do tecido, fazendo com que os neurônios motores criem novas ramificações e as fibras dos músculos fiquem mais homogenias, gerando mais força durante a contração muscular, produzindo assim mais ATP com um ganho efetivo de força.
Segundo Ferreira, um dos pesquisadores, O passo seguinte é investigar se esse mecanismo está perturbado em outras enfermidades caracterizadas pela alteração do metabolismo energético e acidificação celular – como é o caso das doenças neurodegenerativas, onde a comunicação entre astrócitos e neurônios é crítica para a progressão da doença.
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