sexta-feira, novembro 01, 2024

Asma, Qualidade de Vida, Saúde

TREINO MUSCULAR INSPIRATÓRIO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

O treinamento muscular respiratório vem sido descrito em crianças e adolescentes desde
meados do ano de 2013. Porém, entre 2018 até os tempos atuais tem sido discutido em
congressos por grandes especialistas na área.
Podemos citar algumas patologias ligadas ao público infantil já citadas na literatura, que usam
o recurso do TMR em grande escala, tais como: asma, escoliose idiopática, síndrome de down,
paralisia cerebral, dentre outros

TMI – Por que devemos treinar?

A deficiência da bomba respiratória pode acontecer desde o nascimento. Todos os músculos
respiratórios derivam originalmente do mesoderma embrionário (craniano e tronco). O
desenvolvimento embrionário e inicial do diafragma é crítico para a respiração normal e pode
apresentar defeitos de desenvolvimento que prejudicam a eficiência da respiração. O diafragma
muscular se desenvolve como uma lâmina fina que é tanto um tendão central quanto um
músculo emanador conectando-se anteriormente às cartilagens costais das costelas 7–10 e
xifoide e posteriormente aos corpos vertebrais lombares, processos transversos e as
11ª e 12ª costela, ele separa a cavidade torácica da abdominal. Após o diafragma estar
totalmente desenvolvido, a descida do diafragma durante a contração estabiliza e eleva as
costelas mais baixas por meio de suas conexões anteriores. Isso é conhecido como efeito alça
de balde. Acredita-se que as crianças têm um movimento inspiratório menos eficiente devido
ao desenvolvimento diafragmático incompleto, o que pode levar à fadiga precoce e à dispneia
resultante com a atividade.

Além disso, crianças apresentam um aumento na complacência torácica, tornando a inspiração
menos eficiente, além disso o diafragma pediátrico tem uma zona de aposição mais reduzida,
outros problemas encontrados: cirurgia torácica, uso de corticoides, doenças genéticas,
cirurgias ou doenças que causam diminuição da mobilidade torácica, dentre outros.
Além disso utilizamos também nos casos de: força muscular respiratória reduzida, dispneia,
ventilação mecânica, diminuição do fluxo de tosse, dentre outras.
Algumas evidências:

  • Desmame é um processo difícil e complexo, a fraqueza muscular respiratória durante a
    VM é bem relatada na literatura;
  • Estudo multicêntrico realizado com crianças após VMI;
  • A Pimax foi avaliada com manuvacuômetro, em 3 inspirações;
  • O TMI foi realizado a 60% da PIMAX, 4 séries de 6 repetições diárias, 6 vezes por semana.
  • O estudo conclui que o TMI a cargas mais altas não produz fadiga, aumenta a Pimax,
    aumentando assim as taxas de sucesso no desmame.
  • Asma é uma doença inflamatória muito comum no público infantil, que ocasiona muitas
    vezes obstrução no fluxo de ar, aumento da resistência das vias aéreas, aprisionamento
    de ar, etc, ocasionando a longo prazo uma deformação diafragmática, aumentando a
    dispneia.
  • 34 crianças participaram do estudo, divididas em dois grupos;
  • O grupo TMI treinou a 40% da pimax, enquanto o grupo placebo a 5% da pimax, ajustada
    semanalmente;
  • Ambos os grupos realizaram uma série de exercícios, durante 30 minutos, 3x Na semana
    por 13 semanas;
  • O grupo TMI obteve uma melhora na pimax, pemax, e sintomas associados a doença,
    comprovando que a reabilitação pulmonar pode ser de grande eficácia quando inserida
    no contexto da doença.
  • Traz várias abordagens;
  • Crianças atletas, incluindo PCDs: comparativo entre cargas moderadas e intensas,
    relatam melhora de PI e PE, maior produção de potência muscular, melhora de
    desempenho na natação, diminuição da dispneia percebida;
  • Neuromusculares: observaram uma melhora na resistência respiratória, melhora na
    capacidade vital.
  • Crianças com doenças em VA: melhora de força muscular inspiratória relacionada
    diretamente com a dispneia percebida;
  • Crianças obesas: autores relatam perda de peso, melhora do desempenho ao exercício,
    redução da dispneia.
  • Cirurgia de Fontan é um procedimento empregado no tratamento de cardiopatias
    congênitas univentricular;
  • O objetivo do estudo foi determinar a eficácia de um treinamento com clicoergômetro,
    associado ao TMI;
  • 18 pacientes foram selecionados, com idades em ter 10 a 43 anos;
  • O protocolo foi de 30 respirações de 6 a 7 vezes na semana, após 4 meses, esse
    treinamento passou a ser intervalado;
  • Após 10 meses os pacientes foram reavaliados: foi observado um aumento na carga de
    trabalho, Pi e Pe, houve um aumento de V02 nos pacientes adolescentes.

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