Com técnicas cada vez mais atualizadas, a cirurgia cardíaca é grande complexidade, trazendo ao paciente consequências respiratórias importantes como a diminuição da força muscular inspiratória e alterações na função pulmonar. Acredita-se também que a utilização da circulação extra corpórea determina alterações sistêmicas e pioram a condição clínica do paciente no pós operatório, causando edema pulmonar, aumentando o trabalho respiratório e trazendo como consequência uma redução na complacência da caixa torácica.
Dados recentes nos norteam sobre a importância da fisioterapia no pré e pós operatório, tanto no treinamento muscular em membros superiores e inferiores quanto no treinamento respiratório, com dados inclusive de diminuição no tempo de hospitalização.
Segundo estudo publicado em 2016 pelo Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery, o treino muscular inspiratório é um dos procedimentos utilizados na recuperação dos pacientes operados, trazendo benefícios como: desobstrução das vias aéreas, melhora de pressão inspiratória e expiratória máxima e prevenção da fadiga muscular inspiratória.
Neste estudo foram realizados testes no pré operatório, tais como: teste de caminhada, testes hemodinâmicos, e a Pimax (pressão inspiratória máxima). Após acirurgia, os pacientes foram submetidos ao TMI com carga linear a 40% da PImax, durante 30 inspirações.
O estudo conclui que o TMI no pré e pós operatório pode aumentar a PImax , maximizando o desempenho físico e emocional do paciente, assim como a redução no tempo de hospitalização.
confira o estudo: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76382016000200140&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt